Introdução: A sede é um fator recorrente em pacientes cirúrgicos, porém pouco abordada pelos profissionais. Objetivos: Avaliar a incidência das características definidoras relacionadas a proposição do DE Sede Perioperatória. Método: Pesquisa quantitativa, analítica e transversal, realizada no pré e pós-operatório imediato em um hospital universitário de grande porte. Os dados foram analisados e apresentados em frequências e medidas de tendência central. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 94634018.5.0000.5231). Resultados: Participaram 150 pacientes, com idade média de 43,1 (±18,5) anos, predominância do sexo feminino (59,3%), cor branca (56%) e clínica cirúrgica ginecológica (26%). A média de tempo de jejum foi de 13 horas (±5:11) variando de duas a 41 horas. A sede teve prevalência de 69,3% no pré e 81,3% no pós-operatório imediato e intensidade média de 4,62 (±3,6) e 5,67 (±3,53) respectivamente. As características definidoras no pré e pós-operatório foram: boca seca (75,3%-86,7%); lábios ressecados (71,3%-82,7%); vontade de beber água (64%-72,7%); constante deglutição de saliva (62,7%-70%); garganta seca (58%-72%); saliva grossa (48,7%-53,4); língua grossa (46%-54,7%); gosto ruim na boca (41%-46%); relato do cuidador (0,7%-0%). Discussão: A sede e suas características apresentam um aumento na proporção, em sua maioria significativos, do pré para o pós-operatório, devido ao procedimento cirúrgico e anestésico, intubação, temperatura da sala operatória e aumento do tempo de jejum. Conclusão: A sede possui alta prevalência em todo a experiência cirúrgica, aumentando no pós-operatório devido o tempo de jejum e consequentes do procedimento anestésico-cirúrgico. A incidência das características definidoras também aumentou no pós-operatório. Contribuições e implicações para a Enfermagem: A proposição do diagnóstico de enfermagem Sede Perioperatório pode auxiliar aos profissionais no planejamento e implementação de ações para este desconforto.