REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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PREVALÊNCIA DAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Luana Cristina de Souza Freitas, Sybelle de Souza Castro, Genezio Cândido do Nascimento Neto, Vanessa Cristina Regis da Silva, Ana Paula Alves Araujo

Resumo



Introdução: Defeitos, malformações ou anomalias congênitas (AC) são sinônimos utilizados para descrever distúrbios estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos presentes ao nascimento. A OMS estima aproximadamente 260 mil mortes em todo o mundo por malformações em 2004, o que representa 7% de todas as mortes neonatais. Objetivo: Descrever a prevalência das malformações congênitas no Estado de Minas Gerais. Metodologia:  Trata-se de um estudo transversal, observacional com dados secundários. Foram utilizadas todos as declarações de nascidos vivos de mães residentes no Estado de Minas Gerais, no período compreendido entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2018, disponíveis no SINASC. As ACs estão registradas no SINASC segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e foram agrupadas em dez categorias, descritas nos itens Q00 a Q99. Resultados: Foram verificados 1.865 (0,7%) casos de AC. Observaram-se maiores prevalências de recém-nascidos com deformidades congênitas dos sistemas osteomuscular (n=789; 42,3%), malformações múltiplas (n=370; 19,8%) e sistema nervoso (n=128; 6,9%) e com menores prevalências as malformações do aparelho respiratório (n=12; 0,6%), aparelho urinário (n=38; 2%) e outras malformações do aparelho digestivo (n=54; 2,9%). Discussão: As maiores prevalências de malformações encontradas no estudo são referentes ao sistema osteomuscular, múltiplas e no sistema nervoso, o que impacta de forma significativa na cadeia produtiva e previdenciária no Brasil, podendo tais deformidades gerarem alto índice de afastamentos laborais, benefício por invalidez e aposentadorias precoces. Conclusão: As AC são diretamente associadas a morbimortalidade infantil, principalmente quando se considera o período neonatal, momento de grandes mudanças e vulnerabilidade para o recém-nascido. Assim, estudar, compreender e atuar nos quadros de malformações congênitas são essenciais para um diagnóstico precoce, a alocação de recursos especializados necessários para o cuidado dessa criança e a melhoria do quadro de saúde e qualidade de vida da recém-nascido e da família.




ISSN 2179-1589

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