Estressor é uma situação que gera sentimentos de tensão, ansiedade, medo ou ameaça que pode ser de origem interna ou externa. Concatenado ao estresse, surgem outros fatores que auxiliam no desgaste físico e mental, como as condições de trabalho precárias, altas jornadas e sobrecarga, o que resulta em reflexos negativos na qualidade de vida do profissional. Tais situações podem se apresentar de maneira significativa no enfermeiro atuante no setor de Emergência, principalmente pelo fato de lidar com paradoxos como a vida e a morte. O objetivo deste estudo foi identificar os sinais e sintomas de estresse em enfermeiros da Emergência, assim como evidenciar os fatores estressores que acometem esses profissionais e analisar estratégias utilizadas para o enfrentamento desses fatores relatados pelos mesmos. Trata-se de uma pesquisa mista, descritiva e exploratória, onde o cenário da pesquisa foi no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) que realiza atendimentos de urgência/emergência (pediátrico e adulto) de média e alta complexidade nas áreas clínica e cirúrgica. Os participantes foram os 45 enfermeiros que aceitaram, por livre e espontânea vontade, participar desta pesquisa. A coleta de dados qualitativos foi realizada durante a jornada de trabalho (questionário semiestruturado) e o roteiro do protocolo de Escala Bianchi de Stress foi respondido pelo participante em sua residência. Os principais fatores estressores identificados no questionário, foram: grande demanda, falta de insumos, familiares/acompanhantes e baixo salário. Com a aplicação da escala de Bianchi de Stress, como coleta de dados quantitativos, evidenciou-se que dentro dos domínios da escala, a assistência de Enfermagem prestada nessas condições ao paciente é a mais estressante. Portanto, é essencial a mobilização da Enfermagem para propor estratégias, visando sua própria saúde em função das condições e exigências do trabalho na emergência.