REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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Anormalidades cromossômicas em casais com historia de aborto recorrente

Regina Célia Pinheiro, Carine Teixeira De Sousa Costa

Resumo


O objetivo desse artigo foi verificar a prevalência e as características clínicas de casais com história de abortos de repetição e anormalidade cromossômica atendidos nos serviço realizados na clínica da Universidade federal de ciências da saúde de Porto Alegre.

Foram avaliados os casais encaminhados de janeiro de 1975 a junho de 2008 por história de abortos de repetição. Sendo incluídos no estudo somente aqueles casais, em que a análise cromossômica feita com o cariótipo por bandas GTG foi realizada com sucesso. Foram coletados dados clínicos referentes às suas idades, bem como o número de abortamentos, natimortos, crianças polimalformadas, nativivos por casal e resultado do exame de cariótipo. Para comparação da frequência das alterações cromossômicas encontradas em nosso estudo com as da literatura, bem como entre os diferentes subgrupos de nossa amostra, foi utilizado o teste exato de Fisher (p<0,05). RESULTADOS: a amostra foi composta de 108 casais. As idades variaram de 21 a 58 anos entre os homens (média de 31,4 anos) e de 19 a 43 anos entre as mulheres (média de 29,9 anos). O número de abortos oscilou de dois a nove (média de 3,2). Alterações cromossômicas foram observadas em um dos parceiros em dez casais (9,3%) e corresponderam, respectivamente, a três casos (30%) recíproca [dois de t(5;6) e um de t(2;13)], dois (20%) de translocação Robertsoniana [um de der(13;14) e um de der(13;15)], cinco (50%) de mosaicismo (mos) [dois casos de mos 45,X/46,XX, um de mos 46,XX/47,XXX, um de mos 46,XY/47,XXY e um de mos 46,XY/47,XYY] e um (10%) de inversão cromossômica [inv(10)]. Anormalidades cromossômicas foram verificadas em 5% dos casais com história de dois abortamentos, em 10,3% com três abortos e 14,3% com quatro ou mais abortos. CONCLUINDO assim a frequência de anormalidades cromossômicas verificada neste estudo (9,3%) foi similar da maior parte dos trabalhos realizados nos últimos 20 anos, a qual variou de 4,8 a 10,8%.




ISSN 2179-1589

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