REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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Farmacologia da obesidade e riscos das drogas para emagrecer

Regina Célia Pinheiro, Katia Franca Pereira Marinho

Resumo


O artigo supracitado, Farmacologia da obesidade e riscos das drogas para emagrecer das autoras, Danielle de Oliveira Marques Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1314-0243                                                                                                                     Lattes: http://lattes.cnpq.br/1340943383760241 Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires, GO, Brasil E-mail: dani.omarques10@gmail.com e Maria Salete Vaceli Quintilio Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2341-464X Lattes: http://lattes.cnpq.br/3111687402804830 Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires, GO, Brasil E-mail: salete.vaceli@gmail.com trata se de um trabalho de revisão de literatura baseado em artigos científicos publicados nos últimos dez anos em bases de dados gratuitas na internet, como Scielo, LILACS, BVS, Pubmed, publicações do ministério da saúde, Google acadêmico e bibliotecas virtuais. Os descritores utilizados como critérios de inclusão na amostra foram: Obesidade, prevenção, medicamentos, riscos à saúde.

O artigo destaca a obesidade nos dias atuais, como um problema de saúde pública, devido ao aumento do índice de mortalidade. Atualmente as indústrias farmacêuticas investem em medicamentos, alimentos modificados, com finalidade de estimular a população na reeducação alimentar e pratica de atividades física como tratamento para a obesidade. Ocorre que nessa revisão literária, analisando os efeitos colaterais percebe-se que esses fármacos tem


efeitos colaterais que devem ter cautela ao uso, devido o agravo de outras doenças, levando ao risco de morte as vezes prematura do indivíduo.

A obesidade é uma doença crônica, que resulta no acumulo excessivo de tecido adiposo no organismo, que é mensurado pelo índice de massa corporal,(IMC),que aponta se o indivíduo está ou não acima do peso, considerando obeso igual ou acima de 30 kg/m2.As causas da doença podem ser por fatores genéticos, metabólicos, hormonais, sociais, culturais, sedentarismo e ingestão de uma dieta hipercalórica. Como consequência, a obesidade afeta diretamente na qualidade de vida, acarretando o surgimento de doenças crônicas como alterações cardiovasculares, diabetes, apneia do sono, aumento do colesterol e triglicerídeos. Conforme citado, ressalta que a obesidade foi um dos fatores mais agravantes para o aumento do índice de mortalidade nos casos de SARs-COV2, independente da associação ou não com outras doenças. Consequentemente alterando o funcionamento das células, aumentando danos inflamatórios dos sistemas respiratórios, cardiovasculares, circulatórios e metabolismos da glicose, favorecendo a formação de trombose e afetando drasticamente o sistema imune. Outro fator preocupante, principalmente entre os jovens, está associado com fatores sociais, culturais, devido a magreza ser destacada muitas vezes como padrão de beleza.

A principio o tratamento é iniciado com medidas não farmacológicas, como terapias comportamentais, mudanças de hábitos alimentares, práticas de atividades físicas, acompanhado por um profissional da nutrição, com a finalidade de implantar uma dieta adequada com menos calorias para um emagrecimento saudável. Para os indivíduos com IMC elevado, conforme citado acima, obesidade tipo I e II, que haja doenças associadas ao excesso de peso ou que tenha ocorrido falha no tratamento não farmacológico, é indicado o tratamento farmacológico. Nesse caso, deve seguir as mesmas orientações do tratamento não farmacológico, assim como um acompanhamento de um profissional de educação física, levando em consideração possíveis limitações devido a doenças já existentes como hipertensão. Dessa forma, vale ressaltar, pois é de extrema importância a avaliação criteriosa de um médico, para relacionar os riscos benefícios desses fármacos, de forma individual de cada pessoa, associando a outras doenças se houver e descartando possíveis


interações medicamentosas em caso de pessoas que já fazem uso de outros medicamentos.

É importante que o paciente conheça os efeitos colaterais dos medicamentos anorexígenos, também conhecidos como inibidores do apetite, que são drogas usadas na redução do apetite. Esses medicamentos atuam no sistema nervoso central e causam efeitos sobre a função mental e comportamental. No Brasil existem cinco drogas utilizadas no tratamento da redução de peso. A sibutramina, anfepramona, femproporex, mazindol e orlistat. A sibutramina foi o primeiro medicamento usado para esse fim, inicialmente era indicado apenas como antidepressivo, agem diretamente no sistema nervoso central, especialmente sobre dois neurotransmissores a serotonina e noradrenalina provocando a sensação de saciedade, logo auxiliando na redução do peso corporal. Anfepramona, femproporex e mazindol atua minimizando a fome, orlistat atua dimuindo a digestão e a absorção de nutrientes. Os efeitos colaterais são diversos em geral, pode provocar taquicardia, hipertensão, ansiedade, insônia, alucinações, agitação, fadiga, constipação, diminuição da libido. Devido aos esses inúmeros efeitos colaterais, é fundamental que o individuo tenha a prescrição e orientação médica e farmacêutica, ficando ciente dos efeitos colaterais que podem provocar com o uso dos anorexígenos a fim de tratar a obesidade e ganhando qualidade de vida.

Atualmente os casos de obesidade vem crescendo, juntando com a busca do corpo ideal. Considerando que o Brasil tem a cultura da automedicação, logo o uso desses inibidores de apetite, está de forma exagerada e inadequada. Ocorre que esses medicamentos não devem ser utilizados de forma livre justamente pelos efeitos colaterais e podem provocar ou potencializar o agravo de doenças de forma grave podendo levar ao óbito.

Em síntese, as autoras alertam para o agravo da obesidade a nível mundial e refere aos prejuízos e riscos à saúde do indivíduo. Esclarece que o apenas o tratamento farmacológico não resolve a obesidade e é necessário a integração da reeducação alimentar, atividade física e mudanças de hábitos e estilo de vida. Contribui na prática teórica, o conhecimento a nível farmacológico as ações que ocorrem no corpo humano em geral com uso dos


anorexígenos e seus efeitos colaterais. Destaca a importância dos profissionais médico, farmacêutico e nutricionista para o tratamento adequado.

Portanto o artigo é esclarecedor, principalmente referente ao que propõe, que é informar sobre os medicamentos, risco a saúde na automedicação, e seus efeitos colaterais.

Devido aos agravos provocados pela obesidade, a doença deve ser tratada com prioridade por todo profissional de saúde, na abordagem do indivíduo, na unidade de saúde que se encontrar, principalmente a nível psicossocial e clinico a fim de promover uma eficácia e durabilidade do tratamento promovendo qualidade de vida ao indivíduo. Sabe que as alterações provocadas pela doença nas células a nível cefalo caudal podem ser graves, tanto quanto aos efeitos colaterais dos anorexígenos.




ISSN 2179-1589

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