REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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RESENHA DO ARTIGO CIÊNTIFICO: DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS PELAS AVES.

Regina Célia Pinheiro, Natália Moreira Da Silva

Resumo


 

A obra em questão, Digestão e Absorção de Carboidratos pelas aves, foi desenvolvida por profissionais de áreas distintas, o que demonstra a possibilidade de apresentar uma complexidade e amplitude sobre o assunto proposto. Os autores tratam-se de Julliana Nunes (Médica Veterinária), Critiéle Contreira (Engenheira agrônoma e mestranda em zootecnia), Amauri Tavaré (zootecnista), Cibele Santos (Médica Veterinária e mestranda em zootecnia) e Tiago Rodrigues (graduando em Agronomia).

 

Outrossim, o artigo em questão foi publicado na PUBVET, Londrina, v. 7, número 17, edição 240, Artigo 1588 em Setembro de 2013.

O artigo se inicia proporcionando ao leitor aprender ou recordar o que se trata um carboidrato e como são as classificações do mesmo, inclusive exemplificando. Vale ressaltar que destaca o amido, informando que o mesmo é o principal composto de armazenamento de origem vegetal e importante na produção de energia para animais não ruminantes.

 

As aves antes de nascerem possuem como principais compostos de obtenção e armazenamento de energia, os lipídeos e proteínas do saco vitelínico, entretanto, alguns dias após a eclosão e o nascimento, já estão com o trato gastrointestinal desenvolvido para absorverem o carboidrato presente na ração. Vale destacar que no décimo oitavo dia de incubação, a amilase pancreática já está desenvolvida e ativa.

 

Após a ingestão dos carboidratos, principalmente o amido presente nas rações, os mesmos são umedecidos na região bucal, sendo que alguns pesquisadores relatam que se encontra amilase salivar apenas em gansos, já outros alegam que já fora encontrada amilase


salivar nas salivas de aves domésticas, porém, devido as aves não permanecerem com o alimento por muito tempo na região da boca, a eficácia da amilase salivar é reduzida. Esse amido será decomposto em maltose e outros oligossacarídeos.

Destarte, segundo os autores, a digestão dos carboidratos é mais eficaz nas aves, na região do intestino delgado, uma vez que a hidrólise final, ou seja, a quebra das ligações glicosídicas da maltose e da dextrina, é catalisada pelas enzimas maltase e dextrinase, as quais estão presentes nos epitélios da parte intestinal ora citada. Além das enzimas referidas, na região, também há as atividades de outras enzimas como: sacarase e lactase.

 

Logo, a digestão dos polissacarídeos em monossacarídeos, disponibiliza a possibilidade das aves utilizar os mesmos na produção de outras substâncias ou participar do processo de respiração celular, que ocorre nas mitocôndrias, sendo que neste local, ocorre a oxidação da glicose e liberação de energia na forma de ATP.

 

Ademais, os autores destacaram que as aves adultas aperfeiçoam melhor a energia que será disponibilizada pela digestão de um carboidrato.

 

Vale ainda destacar, que o artigo em questão utilizou uma ampla bibliografia, inclusive, apresentando postulados distintos de cientistas da área em determinado assunto.

 

O artigo em questão abrange com detalhes a digestão dos carboidratos complexos e simples pelas aves, e inclusive, quais as enzimas participam da reação, especificando até mesmo as ligações que merecem destaque neste metabolismo.

 

Diante disso, esta subscritora acredita ser uma leitura importante, principalmente para os estudantes e profissionais da área de medicina veterinária e zootecnia, uma vez que, entender esse procedimento em um ser vivo, é essencial, pois envolve armazenamento de energia, utilização de energia necessária para algum processo metabólico do organismo, estrutura, entre outros, bem como pode inclusive, auxiliar no diagnóstico de uma doença, como diabetes, hipoglicemia ou deficiência na produção de alguma enzima participante do processo.




ISSN 2179-1589

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