Anais da Semana Científica do Curso de Direito da Unitri, No 4 (2016)

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Direitos políticos, igualdade de gênero e democracia: uma resenha sobre o filme “As Sufragistas”

Marta Batalini, Luiz Cesar Machado de Macedo

Resumo


O filme “As Sufragistas” foi lançado em cadeia nacional no Reino Unido em 30 de outubro de 2015 e no Brasil no dia 24 de dezembro de 2015. Os acontecimentos retratados se passam na Inglaterra no início do século XX, uma Inglaterra fabril e com um parlamento que considerava a mulher incapaz de fazer julgamentos políticos. O roteiro tem como objetivo levar o público a reconstruir os mesmos passos de principal protagonista, a saber, o despertar político rumo à liberdade alcançada pelos direitos. A partir da personagem fictícia Maud Watts (interpretada por Carey Mulligan), uma lavadeira industrial que repete o destino de sua mãe no “chão de fábrica”, passando pelo trabalho infantil e pelo ambiente de assédio moral e sexual, a diretora e roteirista procuram caracterizar a situação da classe trabalhadora na Inglaterra daqueles tempos, em especial, das trabalhadoras que assumem a militância política e da mesma forma que Maud, tem seus papéis de esposa e mãe completamente alteradas quando se envolvem na luta pelo direito ao voto das mulheres na Inglaterra. Ao lado das amigas, a saber, a colega de trabalho Violet (Anne-Marie Duff) e da militante e farmacêutica Edith Ellyn (Helena Bonham Carter), assumem juntamente com outras mulheres de várias classes sociais estratégia de luta ativa, bem como atos de resistência pessoal e coletiva como a prática de greve de fome contra as condições do aprisionamento a que eram submetidas as militantes aprisionadas. 

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