A osseointegração apresenta resultados previsíveis, reproduzíveis e estáveis ao longo do tempo, com níveis de sucesso próximos dos 90%, considerando todos os tipos de tratamento com os implantes osseointegrados. A taxa de falha em implantes instalados em pacientes fumantes é três vezes maior quando comparadas a pacientes não fumantes, isso ocorre porque, os subprodutos tóxicos liberados ao fumar, nicotina (causa dependência física e psíquica), monóxido de carbono e ciano-hidrogênio, resultam num processo de vasoconstrição, além de aumento da agregação plaquetária e de provocarem disfunções nos leucócitos e nos fibroblastos. Este trabalho buscou avaliar a influência do tabagismo na taxa de sucesso de implantes osseointegráveis através de uma revisão sistemática da literatura por meio de pesquisa bibliográfica de artigos publicados no período de 2005 a 2018, utilizando as bases de dados BVS, Lilacs e BBO. Foram empregados os termos “tabagismo”, “reabilitação bucal” e “implantes dentários”. Concluiu-se à final que implantes osseointegráveis instalados em pacientes fumantes têm sim maior probabilidade de falha, porém, alguns fatores quando alterados e associados ao tabaco, podem ser determinantes para a falha, como estado geral de saúde do paciente, hábitos de higiene, qualidade óssea e qualidade da cicatrização da ferida cirúrgica.