O objetivo deste relato de caso foi demonstrar a substituição de coroas metalocerâmicas insatisfatórias nos elementos 12, 11, 21 e 22, por coroas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio em paciente com mordida aberta esquelética anterior. Paciente procurou atendimento no Hospital Odontológico da Faculdade de Odontologia da UFU se queixando de odor entre as coroas instaladas nos dentes anteriores. Após exame clínico e radiográfico foi constatado invasão de espaço biológico e a necessidade de cirurgia de aumento de coroa clínica. Após cicatrização, os núcleos metálicos pré-existentes foram mascarados com resina composta opaca e repreparados. Foi realizado moldagem de trabalho em dois passos, utilizando silicone por adição associado a fios afastadores. Os copings cerâmicos foram confeccionados em dissilicato de lítio e cerâmica de cobertura aplicada pela técnica de estratificação. Após realizar prova das cerâmicas, a cimentação das coroas foi realizada utilizando isolamento absoluto modificado, seguido de profilaxia com pedra pomes e soro fisiológico, tratamento da superfície interna das peças cerâmicas e cimentação com cimento resinoso autoadesivo. Por último, foi confeccionada placa oclusal estabilizadora para controle dos efeitos do bruxismo e da dor orofacial. A mordida aberta esquelética foi um desafio para a substituição das restaurações indiretas nesse caso, porém, deve-se levar em consideração todos os procedimentos necessários caso a paciente optasse pela cirurgia ortognática, devendo a mesma estar ciente das limitações do caso. Além disso, a utilização de cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio comprova a sua versatilidade para restaurações estéticas