As lesões cervicais não cariosas acometem aproximadamente 34% da população e a restauração com resina composta está entre as abordagens de tratamento. O objetivo desse trabalho é analisar a taxa de sucesso de protocolos reabilitadores de LCNCs, divididos em dois fatores de estudo: afastamento gengival (sem afastamento; e com fio afastador) e modo de aplicação do sistema adesivo (condicionamento total ou seletivo). Este estudo foi aprovado no comitê de ética, nas plataformas de registros de pesquisas clínicas (U1111-1187-3111 e NCT02961049) e seguiu as normativas do CONSORT. Ao todo, 27 participantes tiveram 4 dentes restaurados com resina composta (Forma, Ultradent) com isolamento relativo, variando o afastamento gengival com fio (com e sem) e o modo de aplicação do sistema adesivo (condicionamento total ou seletivo) (Peak Universal e Peal SE, Ultradent). Os dados coletados foram analisados por Kruskal-Wallis, todos com nível de significância de 95%. Os participantes foram avaliados em até 120 dias. Imediatamente, não houve diferença estatística entre os grupos para desconforto, necessidade de anestesia, dilaceração gengival, hipersensibilidade dentinária estimulada e sensibilidade pós-operatória espontânea. Após o período de 120 dias, a média geral de todos os grupos foi de 92,8% de taxa de sobrevida, não havendo diferença estatística (p=0,871). Conclui-se que o afastamento gengival com fio afastador e o método de aplicação do sistema adesivo universal não influenciaram a longevidade das restaurações de LCNCs em até 120 dias.