E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 12

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A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO NO BRASIL – PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS

Giselle Fernandes Resende BRITO, Bianca Silva Vieira de SOUZA, Renata Pereira GEORJUTTI, Rodrigo Antônio de FARIA, Nara Sarmento Macêdo SIGNORELLI

Resumo


A prática da automedicação tem como característica a busca espontânea por medicamentos para resolver algum problema de saúde, sem que este tenha sido prescrito por profissional mediante avaliação clínica. É considerada corrente no Brasil, especialmente com medicações isentas de prescrição, como analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos, e são considerados problema de saúde pública, especialmente por serem fatores de risco para aumento do tempo de internações, e para casos de tolerância e dependência. Esta pesquisa trata-se de uma revisão de literatura realizada através de levantamento de artigos científicos publicados num arco de 6 anos (2014 a 2020), indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs, BVS e Medline, utilizando os descritores automedicação, farmacoepidemiologia, prescrição medicamentosa, uso indiscriminado e seus correspondentes em inglês. Observou-se entre os estudos revisados uma maior incidência de automedicação em jovens, do sexo feminino, porém a maior prevalência de complicações acontece em idosos, devido às interações medicamentosas pelo uso concomitante. As regiões mais afetadas são Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e os principais relatos acontecem entre pacientes com duas ou mais doenças crônicas. As classes farmacológicas mais envolvidas nessa prática foram analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares, especialmente relatado por pacientes em dores crônicas. Conclui-se que a prática da automedicação é facilitada pela fácil dispensação, devido à não necessidade de prescrição, e seu uso irracional está associada à fatores econômicos, políticos e culturais. 

Texto Completo: A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO