E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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ABORDAGEM BUCOMAXILOFACIAL NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE EXTENSO FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO EM MAXILA

Adrielle Teixeira da SILVA, Jonas Dantas BATISTA, Lair Mambrini FURTADO, Marcelo Caetano Parreira da SILVA, Lívia Bonjardim LIMA

Resumo


O fibroma ossificante periférico é um processo proliferativo não neoplásico de natureza inflamatória, assintomática e reativa, de crescimento lento e apresentação clínica nodular, de base séssil ou pediculada. Esse trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de extenso fibroma ossificante periférico em maxila, enfatizando a abordagem bucomaxilofacial do seu diagnóstico a seu tratamento. As informações foram coletadas a partir do prontuário do paciente no Hospital Odontológico da Universidade Federal de Uberlândia, juntamente com imagens clínicas, radiográficas e laudo histopatológico. Paciente do sexo masculino, de 44 anos, com histórico de ansiedade, procurou o Pronto-Socorro Odontológico da Universidade Federal de Uberlândia, devido tumoração extensa em maxila. De acordo com o paciente, a lesão surgiu há 9 anos, sem sintomatologia, porém com episódios de trauma local. Ao exame intraoral observou-se crescimento pediculado em hemi-maxila direita e má condição dentária. O paciente foi submetido à biópsia incisional, com a confirmação histopatológica de fibroma ossificante periférico. Em virtude da extensão da lesão, optou-se pela exérese em centro cirúrgico sob anestesia geral. O paciente foi submetido a exodontia dos elementos dentários em mau estado de preservação, seguida pela remoção completa da lesão com auxílio de eletrocautério e finalização com sutura. Atualmente em 3 meses de pós operatório, exibe aspecto cicatricial satisfatório, sem sinal de recidiva. Tal doença é comumente descrita na literatura, sendo o trauma e a irritação local os principais fatores causais associados a seu aparecimento. Dada a semelhança com outras lesões na cavidade oral, o exame histológico é primordial para estabelecer o diagnóstico. A exérese da lesão e remoção dos possíveis fatores desencadeantes é mandatório, diminuindo a recorrência e devolvendo qualidade de vida ao paciente.

Texto Completo: Adrielle