O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de lesões orais e maxilofaciais em uma população idosa brasileira. Foi realizado um estudo retrospectivo com arquivos de biópsias orais de pacientes com idade de 60 a 99 anos, recuperados do laboratório de patologia oral da Universidade Federal de Uberlândia ao longo de um período de 10 anos (de 2008 a 2018). Os dados coletados incluíram gênero, idade, localização e diagnóstico histopatológico. A prevalência de cada entidade foi calculada com base no número absoluto de lesões. Das 1278 lesões diagnosticadas nesta instituição em pacientes com idade entre 60 e 99 anos, a maioria foi diagnosticada em idosos que tinham entre 60 e 69 anos (60,6%). As mulheres (56,2%) e a mucosa jugal (17,4%) foram os mais afetados em comparação com os homens (43,7%) e outras localizações, respectivamente. As hiperplasias fibroepiteliais inflamatórias (37,7%) foram o tipo mais comum identificado, seguidas por carcinoma de células escamosas (21,3%). Dados sobre a prevalência de lesões orais na população idosa podem auxiliar no diagnóstico clínico e histopatológico dessa população, sendo importantes indicadores de saúde para políticas públicas voltadas para a prevenção e diagnóstico precoce dos principais agravos em saúde bucal identificados.