A extração dos terceiros molares é uma intervenção comum na área da odontologia, e, como em qualquer procedimento cirúrgico, pode desencadear reações inflamatórias. A dor após a cirurgia é uma das principais complicações associadas à remoção desses dentes. Além disso, a disfunção temporomandibular (DTM) engloba uma série de problemas clínicos relacionados às estruturas da região orofacial. Pacientes que apresentam parafunção, como o bruxismo, são mais suscetíveis a estímulos mecânicos, como a pressão durante procedimentos cirúrgicos. Este estudo objetiva avaliar a intensidade da dor pós-operatória em pacientes submetidos à cirurgia de extração de terceiros molares, levando em consideração a presença ou ausência de bruxismo, bem como as técnicas cirúrgicas utilizadas. Para isso, os pacientes foram divididos em quatro grupos, com base no diagnóstico de bruxismo e nas técnicas cirúrgicas empregadas: uma que se limitava ao uso de fórceps e alavancas (ST1) e outra que envolvia a osteotomia e odontosecção (ST2). O estudo resultou no aumento significativo de dor pós-operatória em pacientes com bruxismo em comparação a aqueles que não tinham e no sétimo dia após a cirurgia no grupo submetido à técnica ST2. Pode-se concluir que o bruxismo, assim como, o uso da técnica cirúrgica de osteotomia e odontosecção, podem contribuir para um aumento na dor pós-operatória em pacientes submetidos à extração dos terceiros molares. Vale ressaltar que esses resultados são preliminares, e estudos clínicos controlados são necessários para consolidar as conclusões desta pesquisa