Existe um significativo índice de insucesso na Endodontia, o que implica na necessidade de uma nova intervenção, optando, grande parte das vezes pelo retratamento não cirúrgico. Assim, o presente estudo objetivou avaliar, de forma retrospectiva e observacional, a taxa de sucesso e insucesso no retratamento endodôntico de molares. Para compor este trabalho, 513 retratamentos em molares foram analisados a partir dos dados clínicos dos prontuários odontológicos e das radiografias digitais, obtidos na Clínica Odontológica Particular EndoMais, situada em Uberlândia, Minas Gerais. Todos os retratamentos averiguados foram realizados com o uso de microscópio operatório e por uma única endodontista, no período de maio de 2012 a maio de 2023. O Índice Periapical (PAI) foi utilizado para complementar a análise radiográfica, por meio da quantificação da presença de alterações periapicais. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão obteve-se um n total de 56 casos. Foram contabilizadas as causas de insucesso: infecção intrarradicular; infecção extrarradicular; reação a corpo estranho e cisto verdadeiro. Após o retratamento os resultados demonstraram que 12,5% (n=7) e 7,14% (n=4) dos casos possuíam sinais e sintomas clínicos, respectivamente. 28,57% possuíam lesão periapical, 32,14% (n=18) obturação insatisfatória e 3,57% (n=2) selamento insatisfatório. O PAI que representa presença de patologia (scores 3, 4 e 5) esteve presente em 28,55% (n=16). Como conclusão, a taxa de sucesso dos retratamentos endodônticos de molares ocorreu em 67,85% dos casos e de insucesso em 32,15% e teve como fatores causais, em igual proporção, a infecção intrarradicular e a extrarradicular.