O presente caso clínico objetiva relatar procedimento de clareamento dentário associado ao tratamento dessensibilizante prévio. Paciente de 24 anos, sexo masculino, queixou-se de insatisfação com a cor dos dentes (A3). Após anamnese, exame clínico e teste de estímulo de hipersensibilidade dentinária com jato de ar, constatou-se leve hipersensibilidade (dor de 1-4 na escala visual analógica) em diversos dentes. A fim de controlar a hipersensibilidade dentinária e reduzir riscos de sensibilidade pós-clareamento, foi proposta dessensibilização prévia ao tratamento clareador. Após a profilaxia, aplicou-se o dessensibilizante de ação neural (nitrato de potássio 2%) na vestibular e incisal. Após 10 minutos o gel foi removido, lavou-se e secou-se. Sucessivamente, aplicação de agente dessensibilizante obliterador (glutaraldeído 5%) por 30s, seguido de jato de ar por 10s e lavagem por 30s. Finalizado o protocolo de dessensibilização, realizou se o teste com jato de ar e não houve relato de dor. Então, seguiu-se para o tratamento clareador associado: de consultório e moldeira individual. Para o clareamento de consultório, duas sessões foram realizadas (intervalo de 7 dias) com peróxido de hidrogênio 35% por 30 minutos. O clareamento de moldeira individual foi realizado (peróxido de carbamida 16%) por 21 dias. Não houve relato de sensibilidade durante todo o período de clareamento. Após 30 dias da conclusão do clareamento, constatou-se equivalência próxima ao A1. Portanto, conclui-se que o procedimento clareador associado ao protocolo de dessensibilização prévio se mostrou efetivo para evitar sensibilidade durante o clareamento, permitindo maior conforto e satisfação do paciente