Paciente gênero feminino, 30 anos de idade, compareceu ao consultório com queixa de "inchaço" no palato, dor à palpação no elemento 21, mobilidade grau II e relato de tratamento ortodôntico na adolescência. Ao exame clínico, apresentou abscesso no palato, resposta positiva ao teste de sensibilidade pulpar ao frio, profundidade de sondagem no palato 14mm, necessidade de ajuste oclusal em relação cêntrica e em guia anterior. Foi encaminhado para o periodontista, que optou pelo Tratamento Periodontal não Cirúrgico (raspagem, alisamento radicular e controle químico com clorexidina 0,12%) até a remissão dos sinais inflamatórios e remoção do contato prematuro previamente ao procedimento cirúrgico. A intervenção cirúrgica foi minimamente invasiva, com descontaminação mecânica e química com EDTA 24% e aplicação do Emdogain. Foi reavalidado com 7 dias e realizado o acompanhamento clínico e radiográfico com 30, 60, 90 e 270 dias. O objetivo é avaliar a influência do Emdogain na regeneração periodontal, especificamente onde há contato oclusal prematuro e polpa vital. Os resultados indicam melhoria notável nos parâmetros de regeneração periodontal, redução significativa na profundidade da bolsa periodontal e uma maior formação de tecido de inserção. Radiograficamente foi revelado uma maior densidade óssea na região tratada. Este estudo sugere que a aplicação do Emdogain como coadjuvante à terapia regenerativa em dentes com contato oclusal prematuro apresenta benefícios substanciais na promoção da regeneração periodontal. A utilização desse biomaterial indica um potencial promissor na otimização de resultados clínicos nesses casos específicos.