Os exames de imagem extraoral têm como objetivo a avaliação da morfologia e diagnóstico de alterações faciais. Na ortodontia, o exame mais utilizado é a Cefalometria em norma lateral e exames sequenciais para o acompanhamento e controle são frequentes, expondo pacientes à radiação. No estudo forense, avalia-se a espessura de tecidos moles para estimar a face e questiona-se se é possível inverter o processo. O objetivo deste estudo piloto é investigar a possibilidade de prever a anatomia óssea a partir do perfil tegumentar na linha sagital mediana. Aprovado pelo CEP-UFU, em um exame de tomografia de feixe cônico, os tecidos moles e duros foram segmentados em arquivos no programa Horus®. Importados no programa Blender®, 10 marcadores de espessura de tecidos moles foram inseridos na linha sagital mediana do modelo da face e uma linha de contorno foi adaptada aos pontos. A distância entre as porções faciais estimadas e a real foi verificada. Comparando o real e o estimado, apresentaram pouca diferença (±1mm) os pontos: Supra-glabela, Glabela, Násio, Labial superior, Labial inferior e Mento. Diferenças médias (Até 3mm) os pontos: supra-mental, Eminência mental. Diferenças maiores que 3mm foram encontradas nos pontos: Rínio e Filtro médio. Alguns demonstraram divergência positiva, outros negativas, mas conclui-se que foi possível prever o contorno da região anterior de maneira satisfatória para o estudo dos ângulos usados na análise antero-posterior das bases ósseas. Tal resultados estimula novos estudos para prever o cefalograma a partir de imagens fotográficas em norma lateral, utilizando as médias encontradas nessa pesquisa.