A relação entre a doença Alzheimer (DA) e a doença periodontal tem se tornado cada vez mais frequente, conforme apresenta a literatura científica, entretanto é necessário cautela ao afirmar a existência de associação direta ou indireta entre estas doenças. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática que avaliasse os níveis de confusão dos estudos relativos à associação da doença de Alzheimer e da doença periodontal. Foi realizado um levantamento em sete bases de dados diferentes, além da busca parcial na ‘literatura cinzenta’ em outras três bases. A estratégia PECO foi utilizada para identificar estudos observacionais (estudos transversais, de caso-controle ou de coorte) que avaliassem a associação entre doença periodontal e DA sem restrição de idioma e o ano da publicação. A avaliação crítica foi realizada de acordo com as diretrizes da ferramenta JBI. Foi encontrado um total de 3225 estudos, dos quais 18 (13 de caso-controle, quatro de corte transversal e um de coorte) atenderam aos critérios de elegibilidade. Os participantes com DA eram 1399 (idade média de 64 ± 9 a 84,8 ± 5,6 anos), enquanto os pacientes sem DA eram 1730 (idade média de 62,6 ± 7,1 a 81,4 ± 4,6). Cinquenta por cento dos artigos não consideraram os vieses de confundimento; foi observada variação nas abordagens de ajuste. Além disso, 62% dos estudos não mencionaram viés, e 40% não discutiram nenhuma limitação sobre fatores de confusão. Embora, haja uma relação, nenhuma causalidade ou função específica pode ser atribuída a qualquer um deles ainda devido ao desenho observacional dos estudos.