E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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ÉTICA NO USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ELABORAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS: ANÁLISE DAS DIRETRIZES DE PRINCIPAIS EDITORAS

Sara Caixeta SILVA, Gabriel Phelipe de Paula SANTOS, Fernanda Borges VICTOR, Carla Reis MACHADO, Janaina Paiva CURI, Thiago Leite BEAINI

Resumo


O avanço das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) capazes de gerar texto e conteúdo tem exigido uma rápida adaptação das diretrizes fornecidas aos autores por revistas científicas. O ineditismo do tema pode levar a diferentes interpretações e autorizações de uso, exigindo adequação por parte dos pesquisadores. Este estudo se propôs a realizar uma análise comparativa das recomendações emitidas por editoras científicas em relação à utilização de IAs. Selecionando as principais editoras, foram consultadas as recomendações quanto à autoria de conteúdo gerado por IA, os requisitos e a disponibilidade de termos específicos, as diretrizes ao uso ético destas ferramentas e a permissão para a produção de imagens. As editoras consultadas concordam que a autoria não deve ser atribuída a IA, uma vez que ela não pode assumir certas responsabilidades inerentes à função de autor. Dentre as editoras analisadas, Elsevier, Springer, JAMA, AAAS e Wiley fornecem recomendações sobre o uso de IA, enquanto Thomson Reuters, Cambridge, Oxford e outras ainda não apresentaram orientações até o momento. Notavelmente, apenas a Elsevier oferece um termo específico para a utilização de IA, enquanto as demais instruem sobre a necessidade de mencionar o uso na metodologia ou nos agradecimentos. Além disso, observa-se que o uso de IA na edição de texto é encorajado, enquanto as IA generativas, quando permitidas, são desencorajadas. Concluímos que, até o presente momento, existe uma disparidade nas práticas, destacando a natureza sem precedentes do cenário atual

Texto Completo: PDF Sara Caixeta SILVA