O Brasil é o segundo país em que mais se realiza procedimentos estéticos do mundo, sendo o tratamento de linhas faciais hipercinéticas com toxina botulínica o procedimento mais frequente no país. Apesar de ser praticamente seguro e pouco invasivo é necessário que o profissional da saúde esteja apto e treinado para a realização de tal procedimento. O conhecimento anatômico dos músculos da face e das possíveis variações anatômicas é essencial para o sucesso do tratamento. O presente trabalho visa apresentar a importância do conhecimento dos músculos da face de forma tridimensional para uma aplicação satisfatória e menos traumática. O toxina é indicada, principalmente, para amenizar e previnir as rugas frontais, glabelares e periorbitais, no entanto outras rugas podem ser tratadas com a toxina. É fundamental saber a função de cada músculo da face e qual ou quais músculos devem ser tratados para amenizar cada linha de expressão e quais devem ser evitados para que não ocorra algum efeito insatisfatório. Além disso, o ponto de inserção da agulha, a quantidade de substância a ser injetada e a profundidade de inserção são de extrema importância, para evitar que se atinja um músculo indesejado, para que seja efetivo o tratamento e para que se evite hematomas pós-operatórios. Logo, é fundamental conhecer a anatomia muscular da face e reconhecer possíveis variações anatômicas nos pacientes para que a toxina seja aplicada no local correto e em profundidade correta, evitando assim, intercorrências e reações adversas.