E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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SOBREVIDA DE IMPLANTES DENTÁRIOS EM OSSO NATIVO: REVISÃO SISTEMÁTICA DE INSTALAÇÃO PRÉ E PÓS-RADIOTERAPIA

Jessica Ferreira RODRIGUES, Tássio Edno Atanásio PITORRO, Nayara Teixeira de Araújo REIS, Roberta de Oliveira ALVES, Luiz Renato PARANHOS, Priscilla Barbosa Ferreira SOARES

Resumo


Os implantes dentários são uma importante alternativa para a reabilitação de pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP) tratados com radioterapia (RDT). Este estudo objetivou avaliar sistematicamente a taxa de sobrevida de implantes instalados pré e pós-RDT. Após realizar busca sistemática da literatura em 10 bancos de dados, foram incluídos estudos observacionais e quasiexperimentais, sem restrições de idioma ou ano de publicação, que avaliaram a sobrevida de implantes dentários em pacientes com CCP instalados pré-RDT, pós-RDT e sem RDT. A ferramenta Joanna Briggs Institute Critical Appraisal foi utilizada para avaliar o risco de viés em estudos elegíveis. Na primeira fase de triagem, foram encontrados 3.445 estudos, dos quais, 16 preencheram os critérios de inclusão. O período médio de acompanhamento foi de 60 meses (variação, 1-168 meses). Sete (43,7%) artigos apresentaram risco moderado de viés, quatro (25%) tiveram alto risco de viés e cinco (31,3%) tiveram baixo risco de viés. As taxas de sobrevida para implantes pós-RDT, pré-RDT e sem RDT foram de 80%-100%, 89,4%-97% e 92,2%-100%, respetivamente. Conclui-se que apesar das alterações causadas pela radiação ionizante nos tecidos peri-implantares, os implantes dentários instalados pré-RDT tiveram alta taxa de sobrevida, semelhante aos instalados sem RDT, o que contribui para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com CCP. No entanto, os implantes instalados pós-RDT são mais suscetíveis a falhas.

Texto Completo: Jessica Ferreira RODRIGUES