E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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AVALIAÇÃO DA AFINIDADE POPULACIONAL UTILIZANDO O ANCESTREES E A VIABILIDADE DO USO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Carla Reis MACHADO, Akeme Areda SOUZA, Maria Eduarda de Lima ULHOA, Janaina Paiva CURI, Thiago Leite BEAINI

Resumo


A história multicultural e a miscigenação do Brasil geram grupos étnicos diversos, demandando uma análise craniométrica cuidadosa para a estimativa de afinidade populacional (AP). Softwares de antropologia forense, incluindo CRANID, COLIPR, 3D-ID e FORDISC, auxiliam na estimativa de afinidade populacional (AP) por meio de algoritmos ancestrais florestais. Em 2015, o AncesTrees foi lançado e utiliza 30 medidas craniométricas, empregando dois algoritmos distintos para classificar a possível AP de um crânio. Em exames digitais como a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), nem todo o crânio é registrado devido ao Field of View (FOV) deixando a dúvida quanto sua utilização nesses algoritmos. Este estudo tem como objetivo examinar a AP de uma amostra brasileira e explorar a viabilidade de realizar essa verificação em imagens de TCFC. Uma amostra anonimizada de 100 TCFCs foi analisada no software Blender®, utilizando 16 medidas dentre as 30 disponíveis no AncesTrees. Os dados foram tabulados e inseridos no software, utilizando ambos os algoritmos, limitando as APs à europeia, africana e ameríndia quando utilizado o ancestralForest, com base em artigos anteriores. A maioria dos crânios foi classificada como europeia com o algoritmo tournamentForest (43%), e como africana com o algoritmo ancestralForest (56%). No entanto, no primeiro houve uma quantidade considerável de crânios considerados como polinésios (36%) o que é improvável. Dentre a amostra, a população predominante foi a europeia, este estudo valida a utilização de imagens tomográficas para estimativa de AP através do AncesTrees e a miscigenação da população brasileira.

Texto Completo: Carla Reis MACHADO