Câncer de vulva é patologia incomum respondendo por 0,3% dos casos de câncer em mulheres nos EUA, com 6.470 casos novos e 1.670 óbitos pela doença. A taxa de sobrevida global é de 69,6% dos casos. Dentre os fatores de risco conhecidos, destaca-se a infecção pelo vírus HPV e a idade avançada, com predomínio dos casos após os 50 anos e pico de incidência entre 65 e 75 anos de idade com lesões ulceradas de vulva, associadas ou não ao prurido vulvar crônico. O câncer é precedido por lesões intraepiteliais classificadas em graus I a III de acordo com o nível de atipias celulares. Foi realizado estudo observacional descritivo retrospectivo, no período de 01 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2022, de 47 pacientes com diagnóstico clínico e/ou anatomopatológico de doenças vulvares, com exclusão de 3 casos por patologias não neoplásicas e casuística final de 44 pacientes. A mediana geral de idade foi de 57,5 anos (26 a 87 anos) a correlação entre o diagnóstico e a idade mediana foram: condiloma vulvar (4 casos/49,5 anos); líquen esclero-atrófico (1 caso/55 anos); NIV 1 (20 casos/55,5 anos); NIV 2 (10 casos/64 anos); NIV 3 (9 casos/66 anos). Conclusão: o diagnóstico e tratamento adequados das doenças vulvares é fundamental para o bom prognóstico das pacientes, realizando-se prevenção primária ao câncer de vulva ao se tratar as neoplasias intraepiteliais vulvares. A despeito da baixa incidência do câncer vulvar, conhecer o perfil epidemiológico das pacientes com lesões precursoras em suas diferentes fases, pode favorecer políticas em saúde que incrementem a detecção, com destaque para as mulheres em idade acima de 50 anos. Palavras-chave: neoplasia da vulva; doenças da vulva; HPV