E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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CORRELAÇÃO CITOPATOLÓGICA EM PACIENTES COM LESÕES INTRAEPITELIAIS CERVICAIS DE BAIXO GRAU

Francisco Cyro Reis de Campos PRADO FILHO, Isabelle Louise Morais RIBEIRO, Giovani Mendola PEROBELLI, Cairo Antônio Guedes JÚNIOR

Resumo


Lesões intraepiteliais cervicais de baixo grau (LIEBG) são processos proliferativos com baixo grau de atipias nucleares restritos à porção basal do epitélio do colo uterino. Em sua maioria serão reparadas e regredir para epitélio normal, sem tratamento. Apenas 12% das LIEBG devem evoluir para lesões mais relevantes com padrão de alto grau (LIEAG) de maior risco para evolução ao câncer de colo uterino. A seleção da conduta apropriada em LIEBG permite selecionar o perfil de acompanhamento, evitando-se intervenções desnecessárias com potenciais sequelas à paciente. Foi realizado estudo observacional retrospectivo descritivo para avaliar 83 pacientes com diagnóstico citológico de LIEBG (54 pacientes) ou de atipias celulares de significado incerto - ASC-US (29 pacientes). Foi avaliado o diagnóstico preliminar por citologia oncótica cervical, resultado de biópsia cervical e a evolução clínica do quadro. ASCUS: 6 pacientes realizaram apenas acompanhamento e 23 realizaram biópsia em algum momento do seguimento, com 14 resultados de LIEBG, 3 LIEAG, 2 casos de câncer e 4 pacientes sem lesão em biópsia. LIEBG: 6 pacientes realizaram apenas acompanhamento e 48 realizaram biópsia em algum momento do seguimento, com 12 resultados negativos, 1 ACG, 1 HPV sem lesão, 26 casos de LIEBG e 8 casos de LIEAG (S=75,0%). Apenas os casos que mantém lesão LIEBG devem realizar colposcopia e eventualmente biópsia. Em nosso estudo apenas 16,3% dos casos apresentaram lesões relevantes (LIEAG, AGC, câncer) na biópsia inicial, ou ao longo do acompanhamento. A condução de pacientes com LIEBG pode ser realizada em nível de medicina primária, com encaminhamento para serviço de referência, apenas em situação de manutenção de lesão ao longo do acompanhamento. Palavras-chave: neoplasia de colo uterino; lesão intraepitelial escamosa cervical; HPV

Texto Completo: CORRELAÇÃO CITOPATOLÓGICA