E-RACE - REVISTA DA REUNIÃO ANUAL DE CIÊNCIA E EXTENSÃO, No 13

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LESÕES INTRAEPITELIAIS CERVICAIS DE ALTO GRAU: CORRELAÇÃO HISTOLÓGICA, ANÁLISE DE MARGENS E RECIDIVAS

Francisco Cyro Reis de Campos PRADO FILHO, Giovani Mendolla PEROBELLI, Isabelle louise Morais RIBEIRO, Cairo Antônio Guedes JÚNIOR.

Resumo


Lesões intraepiteliais cervicais de alto grau (LIEAG) são processos proliferativos com alto grau de atipias nucleares que atingem a porção média do epitélio do colo uterino ou até toda sua espessura. O tratamento clássico da LIEAG compreende procedimentos cirúrgicos excisionais do colo uterino através da Cirurgia de Alta Frequência (CAF), porém as sequelas advindas do tratamento incluem partos prematuros em mulheres que apresentam gestação subsequente. A análise das margens histológicas de ressecção comprometidas com neoplasia de alto grau indicava nova abordagem cirúrgica, aumentando ainda mais a morbidade associada ao tratamento. Revisões posteriores mostraram que apenas uma minoria das pacientes com margens comprometidas apresentava recidiva e a conduta foi revisada. Atualmente a conduta em casos de margem cirúrgica comprometida por neoplasia de alto grau é seguimento em curto intervalo (6 meses) por intervalos de tempo mais longos (2 anos). Novos estudos têm demonstrado que a análise de risco para recorrência de LIEAG revela que os fatores mais relevantes para recidiva são a idade e a presença de margens comprometidas. O presente estudo avaliou 196 pacientes com LIEAG em exames citológicos iniciais, das quais 137 foram submetidas a CAF. Das 120 pacientes com LIEAG citológica, 4 eram lesões glandulares endocervicais, 9 casos eram câncer de colo, 75 confirmaram LIEAG, 29 casos eram negativos e 1 caso era hiperplasia endometrial. Nos 65 casos de atipia celular de significado indeterminado possivelmente de alto grau (ASC-H), 44 confirmaram lesão de alto grau (S=70,76%), 2 casos de câncer, 9 negativos e 8 LIEBG. Entre as 98 pacientes com CAF com margens avaliadas, 61 tinham margens livres com 21 recidivas (34,42%), enquanto 37 margens comprometidas tiveram recidiva em 17 (45,94%) – RR=1,33. Conclusão: a revisão de conduta para pacientes com margens comprometidas deve considerar nova intervenção, visando reduzir o risco de recidivas. Palavras-chave: câncer de colo uterino; lesão intraepitelial escamosa cervical; HPV

Texto Completo: LESÕES INTRAEPITELIAIS CERVICAIS