Com o aumento dos acidentes em região de cabeça e pescoço, tornou-se mais intensa a rotina dos profissionais que trabalham na emergência. Assim, faz-se importante o conhecimento sobre variações anatômicas como o metopismo e ossos suturais visto que, frente a avalição rápida do exame imaginológico de pacientes traumatizados, tais achados podem ser confundidos com fraturas cranianas, induzindo a erro de diagnóstico e de planejamento. O estudo objetivou analisar a presença de metopismo e de ossos suturais nos diferentes crânios pertencentes ao Departamento de Anatomia Humana da UFU. Primeiramente, os oitenta crânios selecionados foram separados em quarenta femininos e quarenta masculinos e classificados em dolicocefálicos, mesocefálicos e braquicefálicos. Depois, analisou-se a incidência de metopismo e de ossos suturais. Os resultados obtidos foram tabelados e avaliados quantitativamente por testes estatísticos de Kruskal Wallis com p<0,05. Dos oitenta crânios, vinte e dois eram braquicefálicos, sendo onze femininos e onze masculinos; trinta eram mesocefálicos, sendo doze femininos e dezoito masculinos; e vinte e oito eram dolicocefálicos, sendo dezessete femininos e onze masculinos. Ademais, encontrou-se seis crânios com metopismo completo, sendo três femininos e três masculinos; dez crânios com metopismo incompleto tipo násio, sendo seis femininos e quatro masculinos; e cinquenta crânios com ossos suturais. Mostra-se importante a divulgação de dados que alertem os profissionais da área da saúde sobre a necessidade de conhecimento sobre as variações anatômicas e de cautela na análise de exames imaginológicos de pacientes traumatizados na região de cabeça e pescoço.