A amamentação influência no estado nutricional, na capacidade de defesa contra infecções, na fisiologia e no desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. O objetivo desse trabalho foi apresentar um relato de caso de gemelares com dificuldades no aleitamento materno predominante. A mãe compareceu ao Ambulatório do Freio Lingual com queixa de dificuldades para amamentar. Na anamnese foi relatado pela mesma que a gestação não teve intercorrências e que os bebês nasceram a termo e saudáveis. A RN1 nasceu com 2.275g e estava apresentando um ganho de peso diário de 28,7g e a RN2 com 2.020g e estava apresentando um ganho de peso diário de 25,7g. Na avaliação pela consultora de lactação e fonoaudiólogo foi verificado pega e posicionamento incorretos em ambos os bebês, como necessidade de ajuste. Na avaliação odontológica o Protocolos de Bristol e o Teste da Linguinha identificaram a presença de anquiloglossia, indicando a necessidade de frenotomia lingual em ambos os bebês. O procedimento cirúrgico foi realizado com anestésico tópico lidocaína 5% sem necessidade de sutura. Na avaliação pós-operatória de sete dias foi observado bom reparo tecidual, com movimentos de lateralização e canolamento de língua. O ganho de peso diário dos bebês foi alterado para 33,7g na RN1 e 21,9g na RN2, verificando um sucesso do procedimento para um bebê, e a identificação de outra alteração na RN2 identificado como disfunção oral, após nova avaliação fonoaudiológica. Conclui-se que apesar da indicação por meio de protocolos, frenotomia teve grande sucesso em um bebê, porém o outro RN necessitou de acompanhamento fonoaudiológico, devendo o profissional de saúde se atentar às demandas do bebê