O objetivo deste trabalho será apresentar como o processo de necrose pulpar nos dentes decíduos pode afetar a formação dos sucessores permanentes. Os dentes decíduos fazem parte da dentição primária e são como guias eruptivos para os dentes permanentes, processo oriundo da rizólise, caracterizado como fenômeno de reabsorção de raízes de forma natural e fisiológica, de maneira a conceder espaço para a dentição permanente. Na endodontia, a necrose pulpar é caracterizada como a morte das células pulpares, ou seja, a polpa do dente perde suas funções vitais oriunda de uma infecção bacteriana que irá produzir toxinas como lipopolissacarídeos (endotoxinas), ativando a ação de células clásticas, estimulando a reabsorção patológica do osso periapical e tecido periodontal, comprometendo a morfologia do germe do dente permanente sucessor, aumento a probabilidade de desenvolver maloclusão, problemas de mastigação e deglutição, desenvolvimento ósseo e estético. Para tal, utilizou-se como metodologia a busca revisão bibliográfica nas diferentes bases de dados, com artigos compreendidos nos períodos 2013 a 2021. Conclui-se que seja imprescindível a remoção de tecido necrótico para o tratamento endodôntico e o uso de medicações biologicamente ativas com menor toxicidade possível, sendo passíveis de reabsorção durante o processo de rizólise para a erupção do sucessor em condições normais