Paciente com sequela de fratura condilar unilateral tratada de forma incruenta com proservação de 06 meses. Vítima de acidente motociclístico, sexo feminino, 23 anos, com atendimento 05 meses após o trauma, evoluindo com limitação de abertura bucal (25mm), dor à palpação da ATM direita, deflexão mandibular para o lado direito e oclusão preservada. Realizou-se uma tomografia, que atestou uma sequela de fratura do côndilo mandibular direito para medial, já com remodelação. A conduta adotada foi o tratamento conservador com fisioterapia intensiva e acompanhamento ambulatorial mensal, orientação de fisioterapia domiciliar 03 vezes ao dia, por meio de espátulas de madeira para mobilização articular e compressas mornas no local de dor. No retorno ambulatorial de 06 meses, após o início do tratamento e de 11 meses do trauma, a paciente apresentava abertura bucal de 34mm, oclusão mantida e sem queixas álgicas. Optou-se pela abordagem não cirúrgica por se tratar de uma sequela de 05 meses pós-trauma, a morfologia condilar já se encontrava em remodelação. As fraturas condilares são as mais comuns dentre todas as fraturas mandibulares, tendo como principal fator etiológico os acidentes de trânsito. Para a abordagem dessas fraturas, deve-se levar em consideração o tipo de trauma, as características clínicas, exames de imagem, anatomia e as particularidades de cada paciente, para assim determinar a eleição da conduta terapêutica. Ainda que exista divergência na literatura em relação ao tratamento de fraturas condilares, o tratamento fechado também é eficaz, porém um diagnóstico e manejo precoce desses traumas influenciam em um melhor prognóstico e evitam possíveis sequelas.