O tratamento sistêmico da acne, através da isotretinoína, iniciou nos anos de 1982 e representou a maior conquista já obtida, fazendo parte de um dos medicamentos da dermatologia mais revolucionários junto com os corticoides e a penicilina. O fármaco é conhecido quimicamente como um composto derivado da vitamina A, ácido 13-cis-retinóico, que é indicado principalmente para o tratamento da acne nodulocistica e de outras dermatoses, como por exemplo, a dermatite seborreica, foliculites, psoríase pustular, entre outras. Esta droga vem representando a única forma capaz de curar ou levar à diminuição da acne por um longo período. Sem sombra de dúvidas, a prescrição deve-se proceder de acordo com as legislações vigentes e exclusivamente feita para os casos em que se têm perdido o controle da doença, que se pressupõe o risco de sérias cicatrizes, que possivelmente acarretarão em problemas psicossociais. São vários os efeitos adversos relatados da isotretinoína, o que justifica a importante cautela em relação ao seu uso. O principal efeito e o mais preocupante é a teratogenicidade, de forma que se torna importantíssima a conscientização do usuário dos riscos que a sua utilização possui. Em todo o mundo a acne está entre as mais comuns doenças de pele que ocorre de forma frequente causada por diversos fatores acometendo os folículos sebáceos. Essa doença afeta o desenvolvimento psicossocial por causar desfiguração, trazendo a baixa autoestima do doente e consequentemente isolamento do mesmo. Por esses motivos, é importante a conscientização de que a acne é uma doença que nem sempre está associada a falta de higiene, e sim, dentre outros fatores, uma enfermidade genético-hormonal inflamatória dos folículos que acomete a face, o tórax e as costas. O presente estudo visa analisar as relações entre os riscos oferecidos e o benefício da cura ou melhora da doença pela utilização da isotretinoína.

Palavras-chave: Acne, reações adversas, riscos, benefícios, isotretinoína, tratamentos.