A prevalência global da obesidade aumentou substancialmente nos últimos 40 anos. A obesidade pode gerar diversas complicações como alterações hormonais, efeitos deletérios cardiometabólicos, comprometimento imunológico, inflamação crônica de baixo grau, estresse oxidativo e ainda prejuízos osteomioarticulares. A síndrome metabólica refere-se à ocorrência de vários fatores de risco cardiovasculares conhecidos e interrelacionados, incluindo a obesidade associada à resistência à insulina, à dislipidemia aterogênica e à hipertensão. Intervenções baseadas na modificação do estilo de vida, como a adequação da ingesta alimentar e a prática de exercício físicos, são componentes essenciais no tratamento da obesidade. O objetivo deste trabalho foi dissertar sobre os benefícios do exercício físico na prevenção e no tratamento não-medicamentoso da síndrome metabólica. Foi realizada uma revisão narrativa e conclui-se que o exercício físico pode ter um papel importante na prevenção e no tratamento da síndrome metabólica, principalmente os exercícios aeróbicos, podendo considerar os métodos de treinamento intervalados. Os exercícios resistidos também podem trazer benefícios. No entanto, é importante aplicar abordagens personalizadas considerando os motivos que levaram o indivíduo à obesidade e considerando à individualidade biopsicossocial.

Palavras-chave: Obesidade. Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Atividade Física. Diabetes Mellitus. Dislipidemia.