VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: SERÁ QUE ELA REALMENTE EXISTE?
Resumo
No século XX, o parto era natural e assistido por parteiras em casa. Com o avanço tecnológico, o parto migrou para hospitais e tornou-se medicalizado. Isso levou à perda do protagonismo das parturientes e à violência obstétrica, definida pela OMS como o domínio do corpo gestante por profissionais, reduzindo autonomia. No Brasil, a violência obstétrica carece de legislação, mas alguns estados possuem leis. Maus-tratos físicos, procedimentos desnecessários e agressões verbais são formas de violência obstétrica. A pesquisa é uma revisão integrativa realizada entre julho e agosto de 2023. Foram selecionados artigos entre 2010 e 2020, disponíveis nas bases de dados SCIELO, PUBMED e UPTODATE, em português ou inglês. parto é um processo de transformação, em que a pessoa grávida deve se abrir para uma nova experiência. A violência obstétrica, definida como apoderamento desumanizado do corpo da pessoa gestante, ocorre no Brasil mesmo sem legislação nacional. Ela pode ser física, através de procedimentos desnecessários e agressões verbais. Muitas vezes, as vítimas não percebem a violência devido à falta de conhecimento ou submissão à autoridade médica. Movimentos em prol do parto humanizado buscam a humanização da assistência ao parto e ao pós-parto, asseada na experiência positiva, valorizando a individualidade da gestante e restaurando seu protagonismo. O parto deve ser entendido como um evento fisiológico, instintivo e natural. É essencial resgatar a crença no processo reprodutivo humano.
Palavras-chave: Violência obstétrica; Humanização do parto; Autonomia materna.
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REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE
PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
ISSN 2965-2340