REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 3, No 3 (2023)

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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: SERÁ QUE ELA REALMENTE EXISTE?

Raphaela Giviziez de Abreu Courradesqui, Gabryella Tuczynski Carneiro, João Seixas, Cláudio Cezar Cirne dos Santos, Sheila Moura Pone, Marcos Vinícius da Silva Pone, Philippe Godefroy Costa de Souza, Clarissa Rocha Panconi Piccinini

Resumo


No século XX, o parto era natural e assistido por parteiras em casa. Com o avanço tecnológico, o parto migrou para hospitais e tornou-se medicalizado. Isso levou à perda do protagonismo das parturientes e à violência obstétrica, definida pela OMS como o domínio do corpo gestante por profissionais, reduzindo autonomia. No Brasil, a violência obstétrica carece de legislação, mas alguns estados possuem leis. Maus-tratos físicos, procedimentos desnecessários e agressões verbais são formas de violência obstétrica. A pesquisa é uma revisão integrativa realizada entre julho e agosto de 2023. Foram selecionados artigos entre 2010 e 2020, disponíveis nas bases de dados SCIELO, PUBMED e UPTODATE, em português ou inglês.  parto é um processo de transformação, em que a pessoa grávida deve se abrir para uma nova experiência. A violência obstétrica, definida como apoderamento desumanizado do corpo da pessoa gestante, ocorre no Brasil mesmo sem legislação nacional. Ela pode ser física, através de procedimentos desnecessários e agressões verbais. Muitas vezes, as vítimas não percebem a violência devido à falta de conhecimento ou submissão à autoridade médica. Movimentos em prol do parto humanizado buscam a humanização da assistência ao parto e ao pós-parto, asseada na experiência positiva, valorizando a individualidade da gestante e restaurando seu protagonismo. O parto deve ser entendido como um evento fisiológico, instintivo e natural. É essencial resgatar a crença no processo reprodutivo humano.

 

Palavras-chave: Violência obstétrica; Humanização do parto; Autonomia materna.

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REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340