A utilização da terapia por PBM na tentativa de regeneração de nervos periféricos principalmente quando relacionado a uma recuperação mais rápida e melhora funcional (Rosso, 2018) bem como sua utilização no tratamento da lesão da medula espinhal pós-traumática, demonstrou ser uma conduta promissora para modular eventos fisiopatológicos e anti-inflamatórios no local da lesão (Ramezani, 2020; Gutiérrez-Menéndez, 2020). Uma revisão sistemática de 2020 com estudos até 2019, identificou que a PBM , sob a forma de aplicação transcraniana (PBMT), atingia penetração cerebral suficiente para produzir efeitos benéficos em indivíduos saudáveis e pacientes, apontando os comprimentos de onda de 810 nm para o tratamento da depressão e 1064 nm para aprimoramento cognitivo como sendo seguros e eficazes (Gutiérrez-Menéndez, 2020). Estudos sobre os Efeitos da PBMT em Modelos Animais da Doença de Parkinson, abordados numa revisão sistemática, sugerem que a PBMT é um método eficaz para tratar modelos animais da DP (Salehpour & Hamblin, 2020). Os resultados encorajadores obtidos nos estudos em animais promoveram ensaios animadores em pacientes com DP, como no de Hamilton et al onde os sintomas iniciais de tremor, acinesia, marcha, dificuldade em engolir e falar, animação facial pobre e habilidades motoras finas reduzidas, perda do olfato e confiança social prejudicada foram todos melhorados em 75% dos indivíduos, enquanto 25% permaneceram os mesmos e nenhum piorou (Hamilton, 2018; Santos, 2019). Quanto aos mecanismos biomolecurares da ação da PBMT nas doenças neurodegenerativas, a expressão de vários genes e proteínas que desempenham diferentes papéis nos mecanismos desse grupo de doenças foram influenciadas pela  PBMT, como fatores neurotróficos e secretases, considerando a PBMT pode indicador como uma potencial ferramenta terapêutica (Uddin, 2020). A PBMT deve ser mais explorada para o bom entendimento dos seus mecanismos de ação junto a DP sob o ponto de vista molecular para maior embasamento da conduta, muito embora os ensaios clínicos sejam um tanto quanto evidentes, quanto aos resultados da PBMT na DP, ainda são escassos configurando assim um campo amplo a ser explorado.

Referências Bibliográficas

1- ROSSO, Marcelie Priscila de Oliveira et al. Photobiomodulation therapy (PBMT) in peripheral nerve regeneration: a systematic review. Bioengineering, v. 5, n. 2, p. 44, 2018..

2- RAMEZANI, Fatemeh et al. Photobiomodulation for spinal cord injury: a systematic review and meta-analysis. Physiology & Behavior, v. 224, p. 112977, 2020.3-AYAR, Zahra et al. Lasers in Medical Science, p. 1-15, 2021.

4- GUTIÉRREZ-MENÉNDEZ, Alba et al. Photobiomodulation as a promising new tool in the management of psychological disorders: A systematic review. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 119, p. 242-254, 2020.

5- SALEHPOUR, Farzad; HAMBLIN, Michael R. Photobiomodulation for Parkinson’s disease in animal models: a systematic review. Biomolecules, v. 10, n. 4, p. 610, 2020.

6- HAMILTON, Catherine et al. Exploring the use of transcranial photobiomodulation in Parkinson's disease patients. Neural Regeneration Research, v. 13, n. 10, p. 1738, 2018.

7- SANTOS, Luis et al. Photobiomodulation in Parkinson's disease: A randomized controlled trial. Brain Stimulation: Basic, Translational, and Clinical Research in Neuromodulation, v. 12, n. 3, p. 810-812, 2019.

8- UDDIN, Md Sahab et al. Estrogen signaling in Alzheimer’s disease: molecular insights and therapeutic targets for Alzheimer’s dementia. Molecular Neurobiology, v. 57, p. 2654-2670, 2020.