REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 3, No 3 (2023)

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AS PRINCIPAIS CONDUTAS DO FISIOTERAPEUTA E A IMPORTÂNCIA DESTE PROFISSIONAL NO PRONTO ATENDIMENTO EM UMA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.

Bianca Oliveira dos Santos, Douglas Henrique Fraga, Cristiano de Lima Silvestre, Jorge Augusto Beck Filho

Resumo


O presente resumo teve como base um trabalho acadêmico realizado por estudantes do curso de pós-graduação Lato Senso em fisioterapia na terapia intensiva do Centro de Especialização e Aperfeiçoamento Profissional – CFAPP, Recife – PE.O mesmo teve como objetivo Analisar e descrever as principais condutas do fisioterapeuta como também a importância deste profissional no Pronto Atendimento em uma unidade de urgência e emergência. O estudo teve um enquadramento metodológico tipo transversal, de campo, descritivo, prospectivo, utilizando o método quantitativo, através de questionário submetido a fisioterapeutas que atendem na unidade de Urgência/Emergência de um hospital da cidade do Recife. A pergunta norteadora da pesquisa foi: Quais as principais condutas do fisioterapeuta e a importância deste profissional no Pronto Atendimento em uma unidade de urgência e emergência. A fisioterapia, como ciência da saúde, estabeleceu-se de forma imprescindível para a sociedade moderna, pois tem mostrado que seu embasamento é cada vez mais científico e os resultados apresentados por suas mais diversas especialidades são bem fundamentados1.  A Fisioterapia em Urgência e Emergência é uma área fundamental, mas ainda pouco aplicada e discutida. A intervenção precoce, direcionada e especializada é o foco da atuação do fisioterapeuta dentro da equipe multidisciplinar, interagindo em conjunto com a equipe, em situações críticas à vida, intervindo com assistência ventilatória ideal e com a profilaxia de morbidades6. Este estudo tem uma relevância, partindo do pressuposto da importância da educação continuada e do aperfeiçoamento e desenvolvimento de um atendimento de qualidade e com menores riscos ao paciente, levando em consideração o papel e o eminente fundamento da atuação do fisioterapeuta no atendimento ao paciente inserido no âmbito da urgência e emergência. Em relação às condutas realizadas pelos fisioterapeutas na emergência da UPA24h, destaca-se a oxigenoterapia com 69,68%, mostrando-se fundamental na abordagem precoce do paciente. O objetivo da oxigenoterapia é manter uma saturação arterial de oxigênio (SatO2) e pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) adequadas8. Como segunda conduta fisioterapêutica mais adotada, observa-se a vigilância e monitorização ventilatória, correspondendo a 60,23% de todas as intervenções realizadas. Suas indicações e frequências são eminentemente clínicas, nesse caso, todos os pacientes sob suporte ventilatório devem ser monitorados continuamente. Várias são as modalidades de monitorização existentes, e a escolha deve basear-se no principal processo fisiopatológico envolvido na doença em questão.  A terceira conduta fisioterapêutica mais adotada foi o posicionamento no leito, com 40,94%, mostrando sua relevância na intervenção do paciente crítico. Pacientes hospitalizados, em unidades de terapia intensiva ou em acompanhamento ambulatorial, devem receber o cuidado em relação ao posicionamento, o que está diretamente relacionado à prevenção dermatológica de áreas de pressão e a facilitação funcional da mecânica respiratória8-9.

Orientador:

Cristiano de Lima Silvestre

Cristianosilvestre@grupocefapp.com.br

Fisioterapeuta, especialista em terapia intensiva pela ASSOBRAFIR, Mestrando em educação física na UPE. Coordenador do programa de pós graduação de fisioterapia em terapia intensiva pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional - CFAPP - PE e PB, coordenador do serviço de fisioterapia dos Hospitais Santa Teresinha e Fraturas - PE, fisioterapeuta Intensivista do Hospital Agamenon Magalhães e Hospital Correia Picanço -PE. Professor do Centro Universo Recife, Docente de diversos programas de pós graduação na área de enfermagem e fisioterapia na região Nordeste. Fone: +81 99751-1210

Referências Bibliográficas 

 

1. Paci M, Cigna C, Baccini M, Rinaldi LA. Typesof article published in physiotherapy journals: a quantitative analysis. Physiother Res Int. 2019Dec;14(4):203-12.

2. Barros FBM. Autonomia profissional do fisioterapeuta ao longo da história. Rev. FisioBrasil. 2003;59: 20-31. ASSOBRAFIR Ciência. 2018 Dez;9(3):43-52 | 51

3. Braz PRP, Martins JOSOL, Vieira Júnior G. Atuação do fisioterapeuta nas unidades de terapia intensiva da cidade de Anápolis. Anuário da Produção Acadêmica Docente. 2019;03(4):119-29.

4. Taquary SAS, Ataíde DS, Vitorino PVO. Clinical profile and Physiotherapy’s role in patient streated at the pediatric emergency of a public hospital in Goiás ,Brazil. Fisioter Pesqui. 2018 Sep;20(3):262-7.

5. Conselho Federal de Medicina. Resolução n° 1451/95, artigo 1°, 1995.

6. Nóbrega KCC, Pereira JVM, Costa DS. Intervenção fisioterapêutica em casos de pacientes admitidos por trauma torácico: um estudo retrospectivo. Estação Científica (UNIFAP). 2017 Jan-Jun;2(1):43-54.

7. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Resolução 402, artigos 3° e 4°, 2021.

8. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 342, 2013.

9. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 1.799, 2009.

10. Caldeira T, Santos G, Pontes E, Dourado R, Rodrigues L. The daily life of a paediatric emergency department. Acta Pediatr Port. 2017;1(37):1-4.




 

 

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PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340