A reconstrução da mama perdida na mastectomia tem demonstrado fomentar melhora na auto-estima da mulher, por restaurar sua feminilidade. Após a reconstrução mamária pode haver algumas complicações como cicatriz aderente que pode comprometer a amplitude de movimento do membro envolvido. Este estudo tem como objetivo realizar uma análise comparativa da amplitude de movimento do ombro das mulheres submetidas à cirurgia de reconstrução da mama com uso do retalho miocutâneo do músculo grande dorsal nos lados não acometidos e acometidos. Trata–se de um estudo descritivo analítico observacional transversal, do qual foi constituído por mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia unilateralmente e à cirurgia de reconstrução de mama tardia ou imediatamente, do lado direito ou esquerdo, com ou sem uso de prótese mamária. Doze voluntárias mastectomizadas unilateralmente e submetidas à reconstrução mamária, com idade média de 48,33 ± 9,19 anos, foram fotografadas para verificação das amplitudes de movimento de flexão, extensão, abdução, rotação interna e externa dos ombros através da fotogrametria computadorizada. Os dados foram analisados através do teste t Student’s (p < 0,05). Foi verificada diferença significativa na amplitude de movimento dos ombros nos lados não acometidos e acometidos, respectivamente, para os movimentos de flexão (149,3º e 83,3º; p = 0,018), abdução (110,9º e 51,8º; p = 0,002) e rotação interna (42,9º e 5º; p = 0,011). De acordo com as avaliações e análise comparativas realizadas existe uma limitação significativa nas amplitudes de movimentos de flexão, abdução e rotação interna dos ombros.

Palavras-chaves: Mastectomia, Reconstrução de mama, Amplitude de movimento, Ombro, Fotogrametria.