No contexto mundial, o câncer de mama é o segundo câncer mais comum e é o primeiro entre as mulheres. A incidência do câncer de mama feminino vem apresentando um crescimento contínuo na última década, o que pode ser resultado de mudanças sócio demográficas e acessibilidade aos serviços de saúde. Seu prognóstico é relativamente bom se diagnosticado nos estágios iniciais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de vida de mulheres mastectomizadas quanto aos aspectos físicos, sociais e emocionais através da aplicação do questionário SF-36. Foram entrevistadas 62 mulheres mastectomizadas, com idade variando entre 34 e 59 anos, incluindo-se neste estudo, apenas aquelas que haviam sido submetidas a mastectomia e que se encontravam em tratamento fisioterapêutico. O SF-36 é multidimensional formado por 36 itens, englobados em 8 domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Além desses itens, a escala avalia a evolução da saúde do indivíduo, comparativa entre a saúde atual e a de um ano atrás. As respostas foram convertidas em dados ponderados e transformados em valores de 0 a 100, para pior e melhor, respectivamente. Quanto aos componentes físicos as médias (± desvio padrão) de pontuações foram de 73 ± 12 para capacidade funcional; 11 ± 26 para limitações por aspectos físicos; 62 ± 27 para dor e 71 ± 20 pontos para estado geral de saúde, todos apresentando resultados significativos (p < 0,05). Nos componentes emocionais, a vitalidade apresentou-se com média de 67 ± 26; os aspectos sociais com 86 ± 23 (p = 0,000); os aspectos emocionais 59 ± 46 (p = 0,000) e de saúde mental com média de 72 ± 22 pontos. Percebemos um déficit na qualidade de vida nos aspectos físicos das mulheres mastectomizadas interferindo em suas atividades de vida diária. Mantiveram-se estáveis apenas os domínios de vitalidade e saúde mental.

Palavras chaves: Qualidade de vida; Neoplasias da mama; Mastectomia; Avaliação; Mulheres.