REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 2, No 2 (2023)

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EFEITO DO RPG® NA DOR E FUNÇÃO CÉRVICO-MANDIBULAR DE INDIVÍDUOS COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Celina Cordeiro de Carvalho, Carla Raquel de Melo Daher, Hilton Justino da Silva, Ana Paula Lima Ferreira

Resumo


A disfunção temporomandibular (DTM) é definida pela Academia Americana de Dor Orofacial como um guarda-chuva abrangendo um conjunto de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem a musculatura mastigatória, a articulação temporomandibular e/ou suas estruturas associadas. Esse artigo tem como objetivo avaliar o efeito da RPG na dor e na função cérvico-mandibular de indivíduos com disfunção temporomandibular através da análise do comportamento biomecânico. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo cego. A amostra foi distribuída randomicamente, em dois grupos: RPG e Terapia Manual, foram incluídos indivíduos com DTM dos tipos dor muscular mastigatória ou mista que apresentaram uma diferença no limiar de dor à pressão dos músculos da face e pescoço. O diagnóstico de DTM foi realizado de acordo com o DC/TMD e o limiar de dor à pressão. Os resultados obtidos a partir do DC/DTM foram utilizados para obter o Temporomandibular Índex (TMI). Para avaliar a função e incapacidade cervical foi utilizado o Neck Disability Index (NDI). A intensidade da dor foi verificada utilizando-se a Escala Visual Analógica (EVA) e a tolerância à dor foi avaliada através da algometria. As intervenções consistiram em 10 sessões de 50 minutos. A amostra de 42 indivíduos, sendo 20 no grupo de RPG e 22 no grupo de terapia manual. Os indivíduos do grupo RPG apresentaram média de idade de 27,8±7,5 e do grupo de Terapia Manual, 26,6±5,8. A comparação intragrupo revelou que, para todas as variáveis analisadas, ambos os grupos tiveram resultados significativos. A comparação intergrupos apresentou resultados similares para o grupo RPG e Terapia Manual. Tanto a RPG quanto a Terapia Manual são eficazes na redução da dor e melhoram a função cérvico-mandibular, em indivíduos com DTM. Nenhuma diferença estatística foi encontrada entre esses dois métodos para esse tipo de indivíduo, não havendo superioridade entre as modalidades de tratamento investigadas.

Palavras-chave: Dor, Transtornos da Articulação Temporomandibular, Modalidades de Fisioterapia, Equilíbrio Postural.




 

 

REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340