REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 3, No 3 (2023)

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A SEGURANÇA DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Gardênia Conceição Santos de Souza, Thiago Marques Brito, Raquel Lira Lustosa Carvalho, Márcia Cristina Martins dos Santos, Márcia Cristina Martins dos Santos, Clarissa Rocha Panconi Piccinini, James José de Carvalho Cadidé

Resumo


Thiago Marques Brito[1]

Raquel Lira Lustosa Carvalho[2]

Márcia Cristina Martins dos Santos[3]

Gardênia Conceição Santos de Souza[4] 

Clarissa Rocha Panconi Piccinini  

James José de Carvalho Cadidé

 

Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno de humor de caráter multifatorial e mentalmente incapacitante que afeta mulheres em todo o mundo, podendo levar a um comprometimento na qualidade de vida da mãe e do bebê. O episódio de humor pode ter início na gestação ou semanas e meses após o parto, no qual há um quadro clinico que inclui uma variedade de critérios que são utilizados para diagnosticar a depressão, tais como: anedonia, humor deprimido, sentimentos de inutilidade, perda de energia e ideação suicida. Atualmente, os antidepressivos são uma opção terapêutica para tratar a depressão pós-parto, no entanto, a segurança do seu durante a gravidez e lactação ainda é uma preocupação. Objetivo: Este artigo tem como objetivo avaliar a segurança do uso de antidepressivos na depressão pós-parto. Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Cochrane, utilizando os termos "depressão pós-parto" e “antidepressivos". Foram selecionados estudos clínicos randomizados nos últimos 10 anos que avaliaram o uso de antidepressivos na depressão pós-parto. Resultados: Os estudos selecionados demonstraram que aproximadamente 10 a 15% das mulheres experimentam episódios de depressão pós-parto e que mulheres com histórico de depressão possuem maior probabilidade de desenvolver depressão pós-natal. Embora não haja consenso entre o período de início sintomatológico, os estudos evidenciaram que o uso de antidepressivos são mais eficientes quando comparado ao placebo no tratamento da depressão pós-parto, com taxas de remissão da doença variando entre 50% a 70%. Conclusão: Ainda que seja uma preocupação, a exposição a medicamentos deve ser reduzida durante a gravidez, pois os antidepressivos são indicados para tratamento de pacientes com quadros de depressão moderado a grave durante a gravidez ou no período pós natal, onde há maiores riscos substanciais para a gravidez, a mãe, e o feto, bem como podem ser utilizados como forma de prevenção nas pacientes consideradas com alto risco de recaída ou histórico de depressão recorrente. Nesse sentido, é importante que a decisão sobre o uso de antidepressivos seja analisada de forma individual, ponderando os riscos e benefícios em mulheres com depressão pós-parto e considerem outras opções terapêuticas, incluindo terapia psicológica e intervenções de apoio.

 

Palavras-chave: Agente antidepressivo; Depressão pós-parto; Fármaco antidepressivo

 


[1] Estudante de medicina

[2] Médica

[3] Enfermeira/Professora

[4] Mestre em Gerontologia e Docente da Universo


[1] Estudante de medicina

[2] Médica

[3] Mestre em Gerontologia e Docente da Universo




 

 

REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340