A SEGURANÇA DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Resumo
Thiago Marques Brito[1]
Raquel Lira Lustosa Carvalho[2]
Márcia Cristina Martins dos Santos[3]
Gardênia Conceição Santos de Souza[4]
Clarissa Rocha Panconi Piccinini
James José de Carvalho Cadidé
Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno de humor de caráter multifatorial e mentalmente incapacitante que afeta mulheres em todo o mundo, podendo levar a um comprometimento na qualidade de vida da mãe e do bebê. O episódio de humor pode ter início na gestação ou semanas e meses após o parto, no qual há um quadro clinico que inclui uma variedade de critérios que são utilizados para diagnosticar a depressão, tais como: anedonia, humor deprimido, sentimentos de inutilidade, perda de energia e ideação suicida. Atualmente, os antidepressivos são uma opção terapêutica para tratar a depressão pós-parto, no entanto, a segurança do seu durante a gravidez e lactação ainda é uma preocupação. Objetivo: Este artigo tem como objetivo avaliar a segurança do uso de antidepressivos na depressão pós-parto. Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Cochrane, utilizando os termos "depressão pós-parto" e “antidepressivos". Foram selecionados estudos clínicos randomizados nos últimos 10 anos que avaliaram o uso de antidepressivos na depressão pós-parto. Resultados: Os estudos selecionados demonstraram que aproximadamente 10 a 15% das mulheres experimentam episódios de depressão pós-parto e que mulheres com histórico de depressão possuem maior probabilidade de desenvolver depressão pós-natal. Embora não haja consenso entre o período de início sintomatológico, os estudos evidenciaram que o uso de antidepressivos são mais eficientes quando comparado ao placebo no tratamento da depressão pós-parto, com taxas de remissão da doença variando entre 50% a 70%. Conclusão: Ainda que seja uma preocupação, a exposição a medicamentos deve ser reduzida durante a gravidez, pois os antidepressivos são indicados para tratamento de pacientes com quadros de depressão moderado a grave durante a gravidez ou no período pós natal, onde há maiores riscos substanciais para a gravidez, a mãe, e o feto, bem como podem ser utilizados como forma de prevenção nas pacientes consideradas com alto risco de recaída ou histórico de depressão recorrente. Nesse sentido, é importante que a decisão sobre o uso de antidepressivos seja analisada de forma individual, ponderando os riscos e benefícios em mulheres com depressão pós-parto e considerem outras opções terapêuticas, incluindo terapia psicológica e intervenções de apoio.
Palavras-chave: Agente antidepressivo; Depressão pós-parto; Fármaco antidepressivo
[1] Estudante de medicina
[2] Médica
[3] Enfermeira/Professora
[4] Mestre em Gerontologia e Docente da Universo
[1] Estudante de medicina
[2] Médica
[3] Mestre em Gerontologia e Docente da Universo
REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE
PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
ISSN 2965-2340