ABORDAGEM FARMACOLÓGICA AO PACIENTE EM EPISÓDIO MANÍACO NO TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I
Resumo
Thiago Marques Brito[1]
Raquel Lira Lustosa Carvalho[2]
Gardênia Conceição Santos de Souza[3]
Introdução: O transtorno bipolar do tipo I é um transtorno afetivo caracterizado por episódios de humor que consistem em mania, com duração mínima de sete dias, geralmente intercalada com depressão maior. Esta condição atinge principalmente os jovens, perturba o humor, a energia, a atividade, o sono, a cognição, o comportamento e o funcionamento das relações ocupacionais e interpessoais. A mania típica do transtorno bipolar tipo I, caracteriza-se por período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento persistente da atividade ou energia. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever a abordagem terapêutica ao episódio maníaco em pacientes com transtorno bipolar tipo I. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, onde os descritores utilizados foram: “transtorno bipolar do tipo I”, “episódio maníaco”, “terapia farmacológica”. As buscas foram realizadas na plataforma BVS onde foram encontrados 103 artigos publicados entre janeiro de 2015 e janeiro de 2023. Dentre os critérios de inclusão, foram selecionados artigos em português, inglês e espanhol. Resultados e discussão: Os estudos mostram que a abordagem farmacológica ao episódio agudo de mania bipolar deve ser precedida por avaliação do risco de auto e heteroagressão, medicamentos em uso, capacidade crítica e adesão ao tratamento. A primeira linha é: monoterapia com lítio, anticonvulsivante valproato ou um destes combinados a antipsicóticos atípicos, como olanzapina, risperidona, quetiapina, aripiprazol, ziprasidona e paliperidona. Como terapia de segunda linha: carbamazepina, um anticonvulsivante, e o haloperidol, um antipsicótico de primeira geração ou lítio combinado ao valproato. O lítio é o protótipo dos estabilizadores de humor, porém em episódio agudo de mania a monoterapia, no geral, não é utilizada devido ao início lento dos efeitos antimaníacos. Conclusão: Conclui-se que o episódio maníaco agudo no transtorno bipolar do tipo I constitui um risco iminente à vida e ao bem-estar do paciente, além disso, é incapacitante, prejudica o funcionamento social e profissional. Ademais, a abordagem farmacológica é feita preferencialmente com lítio, valproato e antipsicóticos atípicos.
Palavras-chave: Mania típica. Estabilizadores de humor. Medicamentos
[1] Estudante de medicina
[2] Médica
[3] Mestre em Gerontologia e Docente da Universo
REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE
PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
ISSN 2965-2340