REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 3, No 3 (2023)

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CHOQUE SÉPTICO: UMA ABORDAGEM INTEGRADA PARA MANEJO CLÍNICO E TERAPÊUTICO.

Cayo Amaral Abreu, Emanuelle de Souza Santos, Maria Clara Diniz de Oliveira

Resumo


O choque séptico representa uma das emergências médicas mais desafiadoras e potencialmente fatais, caracterizada por uma resposta disfuncional do hospedeiro à infecção, resultando em disfunção orgânica e hipoperfusão tecidual generalizada. Este fenômeno complexo surge da interação entre patógenos microbianos, resposta inflamatória exacerbada e disfunção endotelial. A cascata inflamatória desregulada desencadeia a liberação de mediadores pró-inflamatórios, como citocinas e quimiocinas, culminando em vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar e disfunção miocárdica.Recentes avanços na compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes ao choque séptico têm promovido a identificação de potenciais alvos terapêuticos. Estratégias farmacológicas, como a modulação do sistema imunológico através de agentes anti-inflamatórios, imunomoduladores e terapias dirigidas a bloquear mediadores específicos da inflamação, têm sido investigadas para mitigar a resposta hiperinflamatória e restaurar a homeostase fisiológica.Além disso, abordagens terapêuticas baseadas em intervenções precoces e agressivas, como a administração de antimicrobianos de amplo espectro e terapia de suporte hemodinâmico guiada por metas, têm demonstrado melhorar significativamente os desfechos clínicos em pacientes com choque séptico. No entanto, permanecem desafios significativos na gestão dessa condição, incluindo a identificação precoce, estratificação de risco e personalização do tratamento.Neste contexto, uma abordagem multidisciplinar e integrada, envolvendo profissionais de saúde de diversas especialidades, é crucial para otimizar o manejo do choque séptico e melhorar os resultados clínicos dos pacientes afetados por essa síndrome devastadora.

 

 

 

REFERÊNCIAS

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