REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 4, No 4 (2024)

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INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO ONCOLÓGICA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM CÂNCER

Silvana Helena de Carvalho Nogueira, Juvanier Romão Cruz, Amanda Florentino Fonseca de Carvalho, Fernando Maciel Barbosa, Emiliana Pereira Abraão

Resumo


Silvana Helena de Carvalho Nogueira1

Juvanier Romão Cruz2

Amanda Florentino Fonseca de Carvalho3

 

1Especialista, farmacêutica, Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Recife (PE), Brasil. Email: silvanahcn@gmail.com

ORCID: https://orcid.org/0009-0009-7370-4096

2Mestre, farmacêutica, Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Recife (PE), Brasil. Email: juvanier2009@hotmail.com

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6667-1999

3Especialista, farmacêutica, Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Recife (PE), Brasil. Email: amandaffc.carvalho@gmail.com

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8758-5176

 

Introdução: A terapia antineoplásica é uma das principais formas de tratamento do câncer, compreendendo o uso de medicamentos potencialmente perigosos, capazes de gerar danos graves aos pacientes, caso ocorra erro de medicação. Dentro dessa perspectiva, a validação da prescrição oncológica e a intervenção farmacêutica funcionam como barreiras para prevenção desses erros. Objetivo: Identificar as intervenções farmacêuticas realizadas no processo de validação de prescrições oncológicas. Metodologia: Estudo transversal, observacional e prospectivo, realizado entre fevereiro e outubro de 2022. Foram consideradas as intervenções farmacêuticas realizadas durante processo de validação de prescrições oncológicas eletrônicas. A coleta de dados foi realizada a partir das planilhas de registro de intervenções farmacêuticas e de prescrições atendidas. Foram identificados e quantificados os erros de prescrição, as intervenções farmacêuticas, a aceitabilidade, os tipos de protocolos e medicamentos alvos de intervenções. Resultado: foram validadas 23.892 prescrições, destas 3,82% continham erros de prescrição, sendo os principais relacionados à sobredose (36,34%), subdose (25,62%) e ao tempo de infusão superior ao recomendado (13,12%). As intervenções farmacêuticas mais frequentes foram adequação de dose (63,66%) e adequação do tempo de infusão (15,22%). Os protocolos antineoplásicos que mais sofreram intervenções foram paclitaxel + carboplatina (33,08%) e trastuzumabe + pertuzumabe (10,73%). Os principais medicamentos alvos de intervenções foram carboplatina (23,08%) e trastuzumabe (19,54%). A aceitabilidade das intervenções foi de 93,79%. Conclusão: O estudo reforçou que a validação da prescrição é uma atividade bastante efetiva na detecção de erros e a intervenção farmacêutica realizada é capaz de evitar potenciais riscos relacionados aos medicamentos, garantindo a segurança do paciente. Além disso, a identificação das intervenções farmacêuticas permitiu entender onde estão acontecendo as principais falhas, dando subsídios para planejamento e implementação de melhorias nos serviços de oncologia.

Palavras-chave: Erros de medicação; Prescrição eletrônica; Antineoplásicos; Farmacêutico clínico; Serviço hospitalar de oncologia

 




 

 

REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340