REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 4, No 4 (2024)

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A EUTANÁSIA E AS IMPLICAÇÕES ÉTICAS

Victor José Uchoa de Carvalho, Maria Clara Diniz de Oliveira, Magda Helena Rocha Dantas, Patrícia Polizel Simão, Fernando Maciel Barbosa, Telêmaco Luiz Silva Junior

Resumo


Victor José Uchoa de Carvalho

Maria Clara Diniz de Oliveira

Magda Helena Rocha Dantas

RESUMO

O surgimento da Bioética foi uma exigência das situações decorrentes de uma série de fatores, dentre eles a revolução científica e tecnológica ocorrida nos últimos anos, na qual cientistas muitas vezes começaram a questionar sobre a ética envolvida em determinados procedimentos científicos. Nas últimas décadas, as discussões acerca de diversos temas suscitaram polêmicas que forçaram a ética a renascer com todo vigor. Como já mencionado acima, a revolução técnico-científica na área médica ao longo dos anos trouxe grandes vitórias bem como levantou questões que ainda hoje continuam sendo discutidas. Algumas drogas, por exemplo, que foram descobertas e que conseguiram debelar graves doenças, em épocas de guerra foram responsáveis por deformações congênitas em recém-nascidos, como a talidomida. A bioética enquanto disciplina vem enfatizando, em particular, uma gama de assuntos, principalmente os relacionados ao processo vida-morte. Dessa forma, pessoas que se encontravam em coma ou em estado terminal tiveram a sua vida prolongada, muitas vezes em situação desfavorável, pelo uso de aparelhos artificiais. Portanto, questiona-se de forma cada vez mais acirrada uma outra questão bastante polêmica: a eutanásia nos dias atuais. Diante da relevância do tema e de quão ele ainda gera polêmicas em vários setores da sociedade, torna-se de suma importância uma análise crítica sobre a eutanásia, bem como dar ênfase a questões éticas relacionadas ao tema. A eutanásia originalmente definida como boa morte, é o ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis. O conceito de eutanásia pressupõe tirar a vida do ser humano, envolvendo razões humanitárias para aliviar o sofrimento e a dor. Pode-se falar em: Eutanásia voluntária: ação que causa a morte quando há pedido explicito do paciente. Eutanásia involutária: ação que leva à morte, sem consentimento explicito do paciente. Neste caso, não deveria ser denominada de eutanásia e sim, de homicídio. Segundo alguns autores encontrados na literatura, a eutanásia na antiga sociedade greco-romana era aceita, ou seja, o direito de morrer era reconhecido, assim como era lícito que os doentes desenganados pudessem pôr fim a uma vida de sofrimentos. Entretanto, este direito foi interrompido quando a vida passou a ser considerada dom de Deus. A eutanásia é atualmente um dos temas que alavanca grande polêmica e por este motivo, diversos grupos se formam a favor e contra tal prática. Em todo mundo, a Holanda, Austrália, Suíça e Bélgica são um dos poucos países onde a eutanásia é um ato lícito. Nos Estados Unidos, é bastante comum o chamado: testamento em vida, por meio do qual o indivíduo declara não querer ser ressuscitado em caso de parada cardíaca, por exemplo. Já no Brasil, a eutanásia é vista como homicídio, portanto, trata-se de ato ilícito, mesmo que a pedido do paciente.

 

Palavras chaves: Eutanásia, bioética, vida humana




 

 

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PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340