REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE, Vol. 4, No 4 (2024)

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AVANÇOS NO TRATAMENTO DA PSORÍASE

Victor José Uchoa de Carvalho, Rafael Araújo Gomes Júnior, Caliandra Pinto Araújo, Edvana dos Santos Ferreira

Resumo


A psoríase caracteriza-se por ser uma doença auto-imune, com evolução crônica, acentuada e tendência às recidivas. A lesão característica é representada por uma placa eritemato-escamosa, saliente em relação à superfície da pele. As escamas estão superpostas como lâminas de um fragmento de mica; apresentam cor avermelhada e podem ser destacadas com facilidade, mediante a raspagem da lesão. As lesões podem ser do tamanho de gotas (gutata) ou de moedas (numular); podem confluir para formação de figuras policíclicas, como também branquear o centro e permanecer em atividade na periferia, formando arcos de círculo (gyrata) (Bork e Brauninger, 1998). A psoríase tem elevada predileção pelo couro cabeludo e pelas superfícies de extensão de joelhos e cotovelos, mas qualquer área cutânea pode ser sede de lesões. As unhas são freqüentemente envolvidas, e traumatismos de qualquer natureza, que atingem a pele do paciente, podem produzir o aparecimento de novas lesões na área traumatizada. A generalização por toda a pele denomina-se forma entrodérmica. Formas de difícil controle são representadas pelas psoríases artropática e eritrodérmica (Proença & Maia, 1995). O curso da doença varia individualmente, porém, em geral, tende a assumir um caráter crônico; muitos pacientes podem apresentar diversas formas de recidiva e piora do quadro. Para que a doença possa se manifestar, é necessária a presença de diversos fatores, cuja importância varia individualmente. Entre esses, podem ser citados irritação da pele causada por pressão, traumatismos e queimaduras por exposição ao sol, abuso crônico de álcool, stress físico, alguns medicamentos, infecções crônicas ou obesidade (Bork&Brauninger, 1998). Por ser a psoríase caracterizada como doença imunomodulada por resposta tipo 1, pesquisas têm apontado para terapêuticas imunomoduladoras com novas moléculas. Estas permitem modular de maneira seletiva a ação de diferentes citocinas potencialmente implicadas no desenvolvimento e manutenção das lesões psoriásicas ou inibir a ativação dos linfócitos T. Por outro lado, grandes avanços terapêuticos foram obtidos no tratamento da psoríase mediante a melhor utilização de tratamentos clássicos. O futuro deverá apontar para estudos que permitam concluir qual o grau de eficácia dos novos medicamentos em relação aos tratamentos clássicos e quais as melhores estratégias de utilização que comprovem impacto positivo em curto, médio e longo prazos sobre a qualidade de vida dos pacientes (FIORATTI, Cyntia et al, 2018). Atualmente, os principais tratamentos identificados são: fototerapia, metotrexato, acitretina, ciclosporina. Além disso, dentro das terapias biológicas estão: infliximabe, etanercepte, adalimumabe, certolizumabepegol, ustequinumabe, secuquimumabe, ixequinumabe, guselcumabe, risanquizumabe, brodalimumabe e tildraquizumabe(DE OLIVEIRA FRANÇA, Marcely Lorena et al. 2021). Dessa forma, além do surgimento de novos medicamentos, a melhor utilização de tratamentos clássicos e a valorização do impacto da terapêutica na qualidade de vida dos pacientes têm contribuído para a diminuição dos índices de morbidade da doença (BU, Jin et al., 2022)




 

 

REVISTA TRANSDISCIPLINAR UNIVERSO DA SAÚDE

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

ISSN 2965-2340